Baú da Vovó

Já faz bastante tempo que eu não posto sobre as coisinhas que se usava antigamente e que hoje, mesmo não fazendo falta, sentimos uma saudade danada. Vamos abrir o baú da vovó.

Para começar, quero lembrar da máquina de costura que tinha na casa da minha avó. A marca era Singer e não era movida à energia, e sim à pedal ou manivela. Foi nela que minha mãe aprendeu à costurar e fazia suas próprias roupas. Até meu tio costurava! Hoje em dia, quem tem uma máquina dessas tem sorte. Aqui em casa temos duas, não rodadas à manivelas, mas sim com pedais elétricos, e posso dizer que elas ganham de muitas máquinas industriais por aí. Além de serem ótimas elas também são muito lindas!

Outra coisa antiga também, são as fitas K7's. Hoje em dia quase não se vê, apesar que aqui na minha casa tem pelo menos umas 100. Com o tempo elas foram inutilizadas por terem pontos negativos com relação ao seu uso, como por exemplo, ter que voltar a fita no início se quisesse ouvir novamente, sem contar que aquelas fitinhas sempre acabavam se embolando todas, levando alguns radinhos a pifarem. Eu não tenho muita saudade da fita não, mas sinto falta da época em que tínhamos que esperar comprar a fita para conhecermos as músicas, era sempre uma expectativa. Hoje, com a internet, sabemos de tudo sobre as músicas que serão lançadas e, em vez de compramos o cd, baixamos da internet e colocamos em nossos celulares, ipods, e tantos outros.

Com a fita, surge também o famosíssimo Walkman. Antigamente, só os ricos tinham. Eu sempre quis ter um. Meus primos que moravam em outra cidade, sempre que viam visitar a vovó traziam os seus e ficavam fazendo inveja nos outros netos. O walkman funcionava como os mp3's da época. Tipo, você tinha que carregar as suas fitas para onde fosse, se quisesse ouvir músicas variadas. Ô trabalheira! Sem contar que funcionava com pilha e acabava rapidinho. Ainda não tinha sido inventada as pilhas recarregáveis. Com o tempo, eles inventaram o Discman, ou seja, um aparelhinho que rodava cd's. Eu tive um desses. Não comprei, ganhei na empresa onde meu pai trabalha. Mas com o tempo parou de funcionar.

  

Vou parando por aqui e fechando o baú da vovó com a certeza, que mesmo com os perrengues que passávamos com as coisas antigas, elas nos ajudaram a crescer e a darmos mais valor nas tantas coisas que temos hoje.

Termino com um trecho de uma música que eu gosto muito, do Nelsinho Corrêa:

"Só se tem saudade do que é bom, se chorei de saudade não foi por fraqueza, foi porque amei."